2012 foi um ano marcante para a história das tatuagens, sendo a primeira vez que havia mais mulheres tatuadas (23%) do que homens (19%) nos EUA, isso de acordo com a revista The New Yorker. Acontece que essa relação vem de longa data, e em muitas ocasiões, existem indícios de que nas décadas passadas as mulheres eram tatuadas de maneira forçada, como as vitorianas e artistas de circo. O início repressivo nesse universo tão vasto das tatuagens foi desumano para o público feminino, mas felizmente a história caminhou para que elas fossem protagonistas em um futuro não tão distante.
A base das informações colhidas para realizar a matéria está no livro Bodies of Subversion: A Secret History of Women and Tattoo, da autora americana Margot Miffin. Sua primeira edição foi lançada no ano de 1997, contando detalhes das vidas de diversas mulheres tatuadas e tatuadoras que estavam na ativa desde o século 19 até as artistas da atualidade. Bora conhecer um pouco sobre algumas delas?
Olive Oatman
Depois que seus pais foram assassinados em 1851, a jovem Olive Oatman foi criada por índios Mohave, que lhe fizeram uma tatuagem tribal no queixo. Quando voltou para a cidade, aos 19 anos, acabou se tornando uma celebridade, tanto que a cidade Oatman teve sua fundação com base no sobrenome de Olive.
Nora Hildebrandt
Existem poucos relatos sobre ela, mas dizem que Nora nasceu por volta de 1850 em Londres. Posteriormente, em meados dos anos 1880, ela foi a primeira artista de circo americana tatuada em Nova York pelo pai de origem alemã Martin Hildebrandt, um dos primeiros tatuadores dos Estados Unidos.
Maud Wagner
Nascida no ano de 1877 na cidade de Lyon, no Kansas, Maud Wagner se tornaria a primeira tatuadora mulher dos EUA. A arte já estava em seu sangue desde sempre, pois antes de começar a aplicar os seus desenhos na pele das pessoas, ela viajava o país trabalhando como artista de circo.
Betty Broadbent
A vida da jovem Betty mudou completamente quando conheceu o tatuador Jack Red Cloud em New Jersey. Com mais de 350 trabalhos expostos no corpo e realizados por diversos artistas, fez história ao aparecer no primeiro concurso de beleza televisionado totalmente tatuada. Foi na World’s Fair, em 1937.
Anna Mae Burlington Gibbons
Como muitas outras artistas de circo, era uma mulher do proletariado que foi tatuada durante períodos econômicos difíceis. Ela e seu marido, o tatuador Charles (Red) Gibbons viajaram e trabalharam em conjunto, começando nos anos 20. Em seu corpo, estavam tatuadas a “Anunciação”, de Botticelli, uma parte d’A Sagrada Família de Michelangelo e um retrato de George Washington.
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