Confira na íntegra a entrevista com o nosso guest Markão!

Nome completo: Marcos Paulo Nunes de Brito

Apelido: Markão

Idade: 33

Como você começou a se especializar na carreira de tatuador?

Sempre trabalhei com ilustração, iniciei no mundo da caricatura e ilustrações no geral. Porém, em 2018 tive vontade de experimentar o mundo das tattoos, e a maior incentivadora foi minha esposa, que é apaixonada por tattoos! Comecei tatuando amigos, minha esposa e acabei me apaixonando! Desde então, não parei mais!

Há quanto tempo é tatuador?

Sou tatuador há 3 anos e meio.

Com qual estilo você mais trabalha?

Trabalho somente com Blackwork. Já experimentei trabalhar com cores, pontilhismo, mas me aperfeiçoei mesmo no Blackwork.

Qual foi a tattoo mais difícil que você fez?

A tattoo mais complexa que tiver a oportunidade de fazer foi uma cobertura e reforma nas costas. Foram 5 sessão de 4 horas cada!

E qual foi a situação mais estranha que você já passou?

Situação estranha foi quando uma cliente, após terminar a tattoo, pediu pra eu tatuar mais uma, da minha escolha e que ela veria só final. Foi uma situação mais engraçada do que estranha, na verdade!

Como você enxerga a profissão de tatuador no Brasil?

Vejo que a profissão de tatuador atualmente, no Brasil, esteja na melhor fase! Pois vejo que temos mais adeptos e menos preconceito (embora ainda exista). Temos mais opções de estilos, muitos tatuadores ótimos e materiais da melhor qualidade. Creio que, antigamente, não se dava a devida importância à assepsia e qualidade de material

Na sua opinião, auais são os pontos negativos da profissão?

Pontos negativos da profissão: com certeza, na minha opinião, a desvalorização da arte por parte de algumas pessoas. Muitas vão pelo preço e não pelo trabalho. Vejo que muitas pessoas banalizam a tattoo na pele. Não buscam pesquisar o portfólio do tatuador, não se preocupam com a experiência do profissional, esse tipo de coisa. Só querem uma tattoo barata e pronto. Muitas querem economizar, mas depois acabam precisando reformar ou cobrir, ou seja, tornando mais caro!

Quais os desenhos que você mais gosta de fazer? Quais não curte muito?

Amo tatuar caveiras e projetos fora do comum, ideias vinda do cliente e que me permitem criar.

Não curto muito as escritas e ornamentais.

Qual dica você daria para quem está começando nessa jornada?

Dicas: estude desenho! A tatuagem é reflexo do seu desenho. Estude também estilos pra ter um diferencial.

Como a pandemia afetou a sua área de atuação?

No início da pandemia foi bem ruim, caiu bastante a demanda. Mas de julho de 2021 até agora, tem melhorado bastante! Inclusive, é curioso comentar que muitos dos meus clientes relataram que fazer a tattoo foi uma forma de se satisfazer, fugir um pouco da loucura da pandemia. Como se quisessem aproveitar mais o presente, já que o futuro tava bem incerto. Muitos fizeram homenagens a entes queridos que perderam para o vírus.

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