A tatuagem no mercado de trabalho ainda enfrenta alguns desafios. Há quem diga que os desenhos na pele não atrapalham na busca de um emprego, entretanto sabemos que, na prática, a realidade é outra. Infelizmente, existem empresas que ainda julgam o profissional de acordo com a sua aparência e isso inclui o fato de ter ou não tatuagens.
Obviamente, nem todas as áreas pensam da mesma forma. Os setores financeiros e jurídicos, por exemplo, são mais rígidos e não encaram com bons olhos colaboradores tatuados. Já outras, como a Comunicação, Arquitetura, Artes, Design e profissões correlatas aderem à ideia tranquilamente, já que estão inseridos nesse universo de expressões artísticas.
Mesmo em lugares onde a tatuagem exposta possa não ser um problema, vale escolher um desenho mais discreto e que não seja chamativo. Os desenhos maiores em regiões como rosto, pescoço e mãos podem incomodar os recrutadores e, possivelmente, os chefes da empresa. Caso você for atuar em áreas mais conservadoras, pense nisso e evite as tattoos visíveis.
ENTENDA A POLÊMICA
Essa má reputação das tatuagens no ambiente corporativo é marcada por um episódio em específico onde, em 2016, um candidato foi desclassificado em um concurso na cidade de São Paulo devido à uma tribal na perna. O rapaz recorreu e o Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu órgãos públicos de excluir pessoas tatuadas dos concursos públicos. Isso só não é aplicado em casos de desenhos com incitação à violência ou ameaças.
O QUE DIZ A LEI
De acordo com a legislação brasileira, tatuagem não é um motivo válido para a demissão por justa causa, conforme cita o Art. 482 da CLT. Já a Lei n° 9.029/95 prevê como crime a discriminação de pessoas com tatuagem e piercing no ambiente de trabalho.
Atualmente, muitas empresas prezam o discurso de diversidade, mas ainda cometem gafes quanto à aceitação ou não de funcionários tatuados. A competência do profissional não advém da aparência ou dos desenhos que ele carrega na pele. Pense nisso!